A RICYT publica “O Estado da Ciência em 2017” com os principais indicadores de ciência e tecnologia na Ibero-américa. Oferece dados atualizados sobre uma série de indicadores comparativos de investimento, recursos humanos, graduados, publicações e patentes da RICYT, de acordo com a informação brindada pelos Organismos Nacionais de Ciência e Tecnologia que participam da rede.
Como resultados destacados desta edição na América Latina a quantidade de patentes solicitadas como resultado de investigações aumentou quase 30% entre 2005-2015, sobretudo no Chile e Colômbia, que multiplicaram os seus registos por cinco e por três, respetivamente. No entanto, a América Latina segue tendo uma escassa quantidade de solicitações de patentes.
Entre outros resultados divulgados, o relatório detalha que as universidades da América Latina seguem concentrando a investigação científica que se faz na região, em detrimento do sector privado. Por outro lado, o relatório evidência um alto grau de colaboração internacional, derivado do facto de que os trabalhos estejam assinados por cientistas de diferentes países.
O mapa de posicionamento de países ibero-americanos segundo recursos dedicados a I&D se visualiza assim:A publicação foi elaborada pela equipa técnica da RICYT, com o apoio de colaboradores especializados nas diferentes temáticas e conta com o auspicio da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), através do Observatório Ibero-americano da Ciência, a Tecnologia e a Sociedade. Nesta edição, além da análise gráfica dos principais indicadores, sob o título “O Estado da Ciência em Imagens”, este volume contém quatro estudos que incidem em diferentes temas que se encontram no centro das discussões atuais da medição da ciência, a tecnologia e a inovação.
O primeiro realizado por Mario Albornoz, Rodolfo Barrere e Juan Sokil e titulado “As universidades lideram a I&D na América Latina” , conta sobre o papel central que têm estas instituições na ciência e a tecnologia da região. O estudo combina informação de investimento e recursos humanos, junto com uma análise bibliométrica e de patentes, agregando também informação sobre a vinculação das universidades com o meio. O segundo trabalho, realizado por Pablo Sánchez Macchioli e Laura Osorio, aproveita a informação disponível na plataforma Políticas CTI para descrever as tendências principais das políticas em ciência, tecnologia e inovação na Argentina, Brasil e México, a partir da análise de instrumentos e programas.
No estudo “A experiência em inquéritos de inovação dos países latino-americanos” , Charlotte Guillard e Mónica Salazar apresentam os resultados obtidos num inquérito realizada aos responsáveis de inovação na região. Por último, Carmelo Polino e Yurij Castelfranchi são os autores de “Consumo informativo sobre ciência tecnologia. Validade e relevância do índice ICIC para a medição da perceção pública” . O artigo mostra a consistência metodológica do índice ICIC, desenvolvido em trabalhos anteriores, como proxy do acesso que têm as pessoas à informação especializada através dos meios de comunicação.
Mais informação: RICYT